História 

Localizada na região do Seridó, a cidade tem, em seu nome, referência ao tradicional encontro de cavaleiros, que disputavam corridas de cavalos lado a lado, pegando “parelha”. A ocupação das terras da região se deu em 1688, pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, responsável pelo desmantelo do Quilombo dos Palmares.
Durante o século XIX, o povoado presenciou os efeitos de sua expansão quando a região foi atingida por uma forte epidemia de cólera, assustando os habitantes. Como graça alcançada pelo surto ter chegado ao fim, foi construída a Capela de São Sebastião, hoje, Igreja Matriz, marco de fundação do povoado em 1856.
Somente em 1926, o povoado ganha categoria de município. A chegada ao poder de Getúlio Vargas, na década de 1930, teve consequências diretas em Parelhas. A esta época, o interventor Mário Câmara nomeou como prefeito da cidade o líder do partido Liberal, o “pelabucho” Ageu de Castro. Essa nomeação desagradou os coronéis da região, principalmente o ex-prefeito “perrepista” Florêncio Luciano, nome importante do Partido Popular. A disputa política tinha como principal motivação o controle dos currais eleitorais. A consequência dessa disputa entre os “pelabucho” e “perrepistas” ficou conhecida como o “Tiroteio de 13 de agosto de 1934”, marco da história local.
O município de Parelhas é atualmente constituído apenas do distrito-sede e sua zona urbana se divide em sete bairros, além do Centro urbano. A zona rural é formada por várias comunidades, entre elas a da Barra, que ficou famosa nacionalmente após gravação do filme brasileiro Bacurau, premiado em Cannes. A população local participou ativamente da produção, atuando e trabalhando nos bastidores.
Texto: Isadora Morena